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COSEMESC reúne-se com novo secretário da Saúde      

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Representantes do Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC), estiveram reunidos na terça-feira, 19 de maio, na sede da Defesa Civil, em Florianópolis com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro que assumiu a pasta no início do mês.

O coordenador do COSEMESC e presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini, iniciou a reunião comunicando que a Secretaria de Estado da Saúde atestava o recebimento do ofício enviado, ainda sob a administração do secretário Helton Zeferino, com solicitações da classe médica que incluía pautas como concessão do adicional de insalubridade e adicional de risco de vida aos médicos, além de gratificações de emergência, de terapia intensiva e de centro cirúrgico aos médicos que tenham sido remanejados para estes setores durante a pandemia do Coronavírus. O documento também solicitava equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, testes para médicos e um seguro de vida que os alcançasse.

André Motta informou que o assunto estava sob análise das secretarias governamentais e que muito em breve enviaria uma resposta ao COSEMESC. Disse que, passado os primeiros dias na nova função, está se debruçando sobre questões além da pandemia, como esta das Entidades.

Proteção do médico

O secretário informou que a previsão é de que na primeira quinzena de junho, o Estado receba uma grande quantidade de EPIs e respiradores, que serão disponibilizados para os profissionais da saúde e a população.

Para o coordenador do COSEMESC, os recursos humanos têm que receber um olhar diferenciado. Os profissionais precisam ter condições de trabalho adequadas. Até o momento recebemos denúncias pontuais sobre ausência de EPI, mas estamos atentos”, comentou Cyro.

Segundo o secretário, a preocupação em preparar os trabalhadores através de treinamentos sobre o uso de EPI é constante. “Temos vários grupos organizados para treinar os profissionais, não posso admitir perder um servidor por falta de equipamento e de treinamento” disse.

O presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Ademar José de Oliveira Paes Jr, relatou as parcerias que vêm sendo feitas para a produção de máscaras e equipamentos, inclusive respiradores que poderão ser utilizados no combate a pandemia.

O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-SC), Daniel Ortellado, levantou uma questão importante sobre o contágio dos profissionais da saúde. “Temos observado que o momento de contágio do profissional acontece quando ele vai até a copa da unidade de saúde e para tomar um café em grupo, retirando a máscara, ou no descanso médico, em que ele relaxa e esquece de manter a atenção com os cuidados básicos” destacou.

Motta falou da preocupação da secretaria com a disseminação do vírus por parte dos profissionais, e informou que estão estudando a contratação de hotéis próximos à rede hospitalar para abrigar os servidores da saúde. “A preocupação com o bem-estar do servidor e de sua família é constante, por isso estamos realizando este estudo. O profissional teria mais segurança e evitaria expor sua família à possibilidade de contágio a Covid-19. Esse período pelo qual estamos passando, será de várias construções, pessoais e coletivas”, afirmou.

Metas e seguro

O coordenador do COSEMESC lembrou solicitação feita por diretores clínicos de hospitais da SES da Grande Florianópolis, enviadas ao secretário, de “suspensão das metas qualitativas e quantitativas a partir de 01 de março de 2020 por um período de 120 dias”. O secretário André disse que seu grupo de trabalho está analisando esta questão.

Quanto ao seguro de vida para todos os médicos SES, proposição lançada pelo presidente da Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina (ACAMESC) Jorge Abi Saab Neto, ele falou que o custo invibializaria a sua contratação.

Cirurgias eletivas

O deputado estadual Vicente Caropreso destacou a relevância da retomada das cirurgias eletivas, anunciada pela gestão. “É uma notícia importante que atende ao pleito que apresentamos por meio da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. A suspensão foi necessária em um primeiro momento, mas o seu prolongamento está asfixiando vários hospitais que necessitam da receita obtida com as cirurgias eletivas para manter equipes médicas. Além disso, são centenas de pessoas nas filas com exames prontos aguardando agendamento ou mutirões de cirurgias. Casos simples podem se tornar emergências médicas devido à longa espera”, afirmou.

Recentemente o CRM editou recomendações de boas práticas a serem seguidas pelos médicos catarinenses nesta retomada de atividades, visando resguardar a segurança de pacientes e equipes cirúrgicas neste novo cenário.

Os dirigentes do COSEMESC colocaram-se à disposição do secretário André neste momento tão difícil para todos.

Foto: Rubens Flôres

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